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✫VOID LEMBRA✫ ENTRE O CÉU E O INFERNO NO SUPER NINTENDO

Neste quadro novo, eu gostaria de falar de umas coisas mais retro seguindo algum tema específico. E com isso eu começo com um tema que eu adoro falar, e este é, os jogos sobre o inferno no Super Nintendo.

Neste artigo eu falarei que alguns jogos que por algum motivo ou por outro fizeram coisas interessantes relacionadas ao tema de Céu e Inferno no Super Nintendo, especialmente considerando que na época, ainda existia a famigerada política de excluir temas religiosos do Super Nintendo nos EUA, e temos 4 jogos onde somente 1 deles não foi lançado no ocidente.

ACTRAISER 2

Vídeo retirado do canal: ShiryuGL
O primeiro jogo da nossa jornada é o que tinha mais chances de ser lançado mesmo, e ele se trata da sequência do clássico cult, Actraiser, que apesar de conter algumas das censuras colocadas no jogo anterior da série, mantem bastante dos temas abertamente religiosos do jogo anterior e investe bem mais pesado neles. Em vez de só enfrentar monstros genéricos que dominaram as regiões que você está tentando salvar, aqui você tem explicações detalhadas de que as fases representam conceitos como pecados, como cada região caiu nas mão dos demônios os próprios nomes dos chefes e inimigos são claras referências a coisas como a Divina Comédia, o Paraíso Perdido e até conceitos levantados pela igreja católica sobre os domínios dos demônios.

Apesar de muita gente realmente não gostar do jogo (e com motivo) pela remoção dos elementos de estratégia e simulação de cidade do jogo anterior, que era o principal charme associado a série, as melhoras drásticas no gameplay de ação do jogo são perceptíveis e com isso, o amargo é mais fácil de engolir. Mas a história e simbolismo do jogo continua sendo um ótimo atrativo e vale a pena revisitar.

MUSYA: THE CLASSIC JAPANESE HORROR GAME


Vídeo retirado do canal: SNESguide1
Já, em seguida, eu gosto de pensar no Musya, não por ser bom, pois ele está longe de ser algo do nível do Castlevania ou dos outros jogos nesta lista, mas sim por que ele faz uma coisa que me encanta demais, e ela é a ambientação dos cenários.

Musya é um jogo que se carrega somente na ambientação, mas meu deus, como ela é boa. Ele se passa como se fosse uma história de aventura no japão feudal bem genérica, mas os cenários são muito bem pensados e atmosféricos, fazendo coisas como catacumbas, cavernas e prisões terem uma atmosfera opressiva e aterrorizante se comparada com os cenários mais cinematográficos dos outros jogos com a temática de terror.

O que leva o ouro nesse jogo é a última fase e o cenário da luta final, onde o background parece uma pintura daquelas que você via em artes do japão feudal e o ambiente da sala do chefe final, com todos os detalhes como os monges mumificados que estavam tentando manter o vilão selado no fundo do mundo dos mortos, ele é demais e vale a pena ser visto por si só.

Por isso que eu fico muito triste que 3 das 7 fases e meia do jogo são só repetições das 3 primeiras com novos chefes. A única coisa que este jogo tem que ganha de outros jogos são os cenários, e é a coisa que eles repetem. Eu gostaria de ter visto mais cenários neste mesmo estilo, um estilo que eu nunca vi recapturado desde então.

MAJYUUOU: THE KING OF DEMONS


Vídeo retirado do canal: SNES drunk
Este aqui é interessante pois ele é o único dos quatro nunca lançados no ocidente, e levando em consideração os temas e conceitos apresentados no jogo, eu entendo por que a Nintendo daquela época provavelmente passou longe dele.

O jogo se trata de um dos jogos em que em vez de você ir para o inferno, o inferno vem até você. Você começa a história perseguindo um de seus amigos até a entrada do inferno na terra, descobrindo que ele sequestrou a sua família e sacrificou ela para ganhar poderes demoníacos. Depois de ser sumariamente derrotado pelos poderes demoníacos do traidor, você consegue acordar o seu potencial sobre humano ele é obrigado a recuar. Na porta do inferno você encontra o fantasma de sua esposa, que lhe oferece ajuda para conseguir tentar salvar a sua filha, que ela diz não ter morrido ainda.

Dai então você vai por uma viagem obscura pela cidade do inferno, cheia de torturas, prisões e monstros tentando para você. E quando eu digo torturas, eu digo torturas, em uma das fases você é obrigado a observar enquanto inimigos matam uma pessoa inocente.

Mas o tema principal do jogo é sacrifício. A única forma de derrotar o inferno é abrir mão das coisas. O jogo tem um sistema de transformação em que depois de derrotar um dos generais do inferno, você pode comer um cristal, que é o coração deles, e ganhar poderes demoníacos (você pode esperar o cristal trocar de cor para escolher qual forma você quer). Mas além disso, você vai perdendo a sua humanidade ao tomar essas formas, podendo recuperar vida comendo inimigos mais fracos que você mata, além de que se você levar um dano fatal, o fantasma da sua esposa irá se sacrificar para te reviver. Você terá que perder tudo para salvar a sua filha neste jogo.

Sem spoilers, mas existem 2 finais, e eles são bastante temáticos, especialmente se você prestou atenção ao tema de sacrifício da história.

DEMON'S CREST/DEMON'S BLAZON


Vídeo retirado do canal: ShiryuGL
E este é o mais estranho de todos, não por ser ruim, ele na verdade é muito bom, mas por que, como um jogo em que você é um demônio derrubando a hierarquia do inferno simplesmente por que ele pode foi lançado nos EUA.

Demon's Crest é próximo do que o gênero Metroidvania acabaria se tornando. Ele é um jogo de exploração e plataforma, com upgrades permanentes que ajudam a explorar o mapa e destravar mais áreas, além de um sistema de itens e equipamentos que afetam o seu personagem.

Apesar de não ser tão avançado quanto o Castlevania: Symphony of the Night, ele conta com a expansão de conceitos apresentados na série X, como coletar as lascas da Insignia do Foco para conseguir tiros com habilidades novas para a sua forma básica ou as Insignias Elementais dando armas/habilidades novas para que você, além dos Talismãs que melhores os status do Firebrand em certas áreas.

O que eu gosto bastante de Demon's Crest é o fato de que o inferno ali, em vez de ser uma locação que você está invadindo ou enfrentando, é um ambiente orgânico, com cidades, NPCs, uma sociedade, etc. Você não um estranho no inferno como nos outros jogos da lista, mas sim um membro dele, e você não está enfrentando o inferno, mas em vez disso, você só é mais um membro do inferno vivendo a sua vida ali.

E ai, gostaram desta retrospectiva? Comentem abaixo.

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